quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Consumo de carboidrato e hidrolisado protéico do leite atenua a depleção de glicogênio muscular durante o exercício.

A depleção do estoque de glicogênio está associada à fadiga durante exercícios anaeróbios de alta intensidade e aeróbios de longa duração e, portanto, a manutenção de estoques adequados de glicogênio tecidual é considerada importante para melhor desempenho. Estudos em humanos e em animais têm mostrado que uma combinação de pequenas quantidades de carboidratos (<0.8 g/kg/h) com proteína é mais eficiente do que apenas carboidratos para repor o glicogênio muscular imediatamente após o exercício. Prova disso, é que a suplementação com carboidratos e hidrolisado protéico do leite (HPL) aumentou a recuperação do glicogênio muscular ativando enzimas chave que regulam a captação de glicose, tais como Akt/PKB e PKC atípica.

Portanto, para verificar os efeitos da suplementação de carboidratos e hidrolisado protéico do leite (HPL) antes do exercício físico sobre a quantidade de glicogênio e sobre enzimas chave que regulam a captação da glicose e síntese de glicogênio, pesquisadores utilizaram ratos da linhagem Sprague Dawley. No desenho experimental, antes do exercício um grupo de ratos foi sacrificado, enquanto outros grupos receberam água, glicose ou glicose e hidrolisado protéico do leite. Após a ingestão das soluções teste, exercícios de depleção dos estoques de glicogênio foram conduzidos por 60 minutos, tempo após o qual os ratos foram sacrificados e o tríceps foi coletado.

Os resultados mostraram que comparados aos grupos que consumiram água ou apenas glicose, os animais que consumiram glicose e hidrolisado protéico do leite tiveram menor depleção de glicogênio e maior concentração de PKC durante o período pós-exercício. A ingestão da solução de glicose e HPL também reduziu significativamente as concentrações de glicogênio sintase fosforilada e aumentou a fosforilação da Akt quando comparado ao grupo que consumiu apenas água.

Portanto, os resultados indicam que, comparado aos grupos que ingeriram glicose ou água, o consumo de uma solução contendo carboidrato e hidrolisado protéico do leite ativa proteínas do músculo esquelético envolvidas na regulação da captação de glicose e na síntese de glicogênio durante o exercício, atenuando, portanto, a depleção de glicogênio induzida por exercício físico. Contudo, mais estudos precisam ser conduzidos para verificar o efeito sobre o desempenho em humanos.

Fontes:

MORIFUJI M et al. Preexercise ingestion of carbohydrate plus whey protein hydrolysates attenuates skeletal muscle glycogen depletion during exercise in rats. Nutrition 27: 833–7, 2011.

MORIFUJI M, KANDA A, KOGA J, KAWANAKA K, HIGUCHI M. Post-exercise carbohydrate plus whey protein hydrolysates supplementation increases skeletal muscle glycogen level in rats. Amino Acids 38: 1109–15, 2010.

Uvas podem ajudar na proteção contra raios nocivos do Sol

Alguns compostos presentes nas uvas ajudam na proteção contra os raios ultravioleta e na prevenção do envelhecimento precoce da pele. É o que afirma um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Barcelona e do Conselho National de Pesquisa da Espanha. Segundo os cientistas, uvas e seus derivados poderiam ser usados para a proteção contra os raios nocivos do sol. A pesquisa foi publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry.

A exposição aos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo sol pode provocar diversos problemas de pele, incluindo câncer, queimaduras e envelhecimento precoce. Segundo o estudo espanhol, há provas de que os flavonoides, presentes nas uvas, podem reduzir os danos sofridos pela pele exposta ao sol.

A pesquisa explica que os raios UV agem na pele ativando as espécies reativas de oxigênio (ROS). Então, esses compostos oxidam moléculas como lipídios e DNA, estimulando certas reações e enzimas que provocam morte celular.

Os cientistas mostraram que os flavonoides extraídos das uvas conseguem reduzir a formação de ROS nas células da pele humana expostas durante um longo período de tempo aos raios UVA e UVB.

O estudo então sugere que novos estudos clínicos sejam realizados para que se desenvolva um método de proteção solar derivado de extratos vegetais de uva. Embora alguns cosméticos derivados dessa fruta já existam, os pesquisadores ainda precisam compreender seu funcionamento de maneira mais completa.


Fonte: Estadão